Sou filho de mãe e pai pertencentes à especie humana que habita o planeta Terra. Os meus pais vivem em terra, respiram ar pelos pulmões e caminham com os pés no chão o que significa, da ultima vez que olhei, que a cabeça está apontada para o céu e os pés para o chão. Aliás, se caminhassem com a cabeça para baixo, apoiados nas mãos, "o sangue subia à cabeça e fazia-lhes mal", dizem as pessoas mais antigas...
Se assim é, e partindo do pressuposto que os meus pais são pessoas não detentoras de qualquer deficiência a nivel fisico ou motor, então eu... devo ser um extraterrestre! Senão vejamos: estou a viver num ambiente cheio de água (ok! chama-se liquido amniótico, mas é aquoso, não?), respiro através de uma espécie de tubo que está ligado a uma coisa chamada placenta (nome esquisito e nada parecido com a linguagem deste mundo, não acham?!?) e actualmente estou de cabeça para baixo e, até agora... está tudo bem comigo, não está a subir-me sangue nenhum à cabeça... Hã, já me esquecia: também não uso roupas, ao contrário do resto das pessoas que têm sempre uma peça de vestuário a cobrir-lhes o corpo (ainda não visitei a praia do Meco...), por isso, outro aspeto que me diferencia dos restantes humanos...
Esta história da sementinha que a abelha planta numa flor e que depois gera um bebé e tal soa-me a história inventada... acho que os adultos andam a ser redondamente enganados e os bebés vêm é de outros planetas e as cegonhas são antes naves espaciais que têm a capacidade de se reduzir a tamanhos incrivelmente pequenos para poderem fazer as entregas de bebés ao domicilio sem que os adultos vejam.
Tenho pena que os meus papás estejam a ser enganados. Mas ainda bem que sou um bebé informado e já sei qual vai ser a minha primeira missão depois de aterrar no Planeta Terra: contar toda a verdade aos papás! Toda a verdade... toda a verdade... toda a verdade...
Sem comentários:
Enviar um comentário