02 julho 2010

Alguém que "deite os olhos" a isto!

Duas crianças residentes no concelho da Maia têm sido vitimas de maus tratos e grave negligência por parte dos seus pais.

Ao que foi possivel apurar, os pais das duas meninas (de 5 anos e 20 meses) sofrem do chamado "Sindrome da Educação Responsável", que leva os referidos progenitores a instituirem regras para uma alimentação saudável (as crianças são obrigadas a comer sopa, legumes e fruta variada e as bebidas refrigerantes e com excesso de açucar estão excluidas das refeições), a condicionarem o tempo diário afecto para visionarem televisão (tentando sempre que desenvolvam outras actividades tais como brincar, fazer desporto, pintar, etc.) e a promoverem o diálogo e a comunicação entre todos, estimulando as crianças a fazer perguntas e a serem curiosas acerca do mundo que as rodeia.

A APPPAP (Associação de Pais Passivos Que Preferem ser Amigos em Vez de Pais) veio já a público denunciar esta situação:
"É um caso gritante do mal que os adultos podem fazer às nossas crianças. Pais que querem ditar regras, dizer "não", impedir que as crianças vegetem em frente ao televisor para que os Pais possam relaxar e, o mais escandaloso e ultrajante, obrigar as crianças a fruta e legumes, tudo isto são situações que vão contra o principio fundamental da liberdade individual. As nossas crianças são pessoas com direitos constitucionais e por isso não cabe a nós adultos, muito menos aos Pais, limitar de alguma forma essa liberdade! Qual é o problema de uma criança com principios de obesidade e risco de desenvolver diabetes mais cedo? A criança tem a capacidade de autoregulação e, se não for capaz de o fazer na integra nesta altura, fá-lo-á com certeza quando for adulto. O que não podemos é querer impor limites e regras, ou daqui a pouco temos as nossas crianças a exigir que os Pais conversem regularmente ou que brinquem com elas e nessa altura, como podem os Pais reagir?"

Este não será um caso isolado em Portugal, dizem as autoridades competentes, e que se afigura de dificil resolução, já que não existe ainda um suporte legal que permita a apresentação de queixa junto da entidades juduciais por parte das vitimas. Espera-se que esta situação se altere brevemente.

1 comentário:

  1. Pobres meninas!
    Conheço realidade idêntica bem perto!
    O que criança sofre!

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