15 outubro 2009

Os Benefícios do Atiranço

Fui à procura da minha irmã, ouvia barulho vindo do quarto dos brinquedos, e fui espreitar. Ali estava ela, a brincar num canto. Olhei à volta e algo me despertou a atenção: um brinquedo colorido, cheio de peças pequenas, empilhadas. Tem tantas peças! E tantas cores! Tenho de o alcançar! Upa, já estou em pé apoiada na mesa, o brinquedo está mesmo aqui à mão de semear, vou andando com cuidado para não cair, estou a chegar a ele, é mesmo giro, vou esticar o braço, heina!, consegui agarrá-lo e atirá-lo, as minhas mãos já obedecem melhor às minhas vontades! Estou tão contente, já consigo alcançar os objectos que quero e pegar neles, e este brinquedo era mesmo apelativo.
O que foi maninha? O que aconteceu? Porque estás a chorar? O quê? Uma tartaruga? Não sei do que falas, porque é que estás zangada comigo? Não estou a perceber nada... Papá o que se passa? A mana está triste... assim também fico triste. Porque é que estás a olhar para mim, não fiz nada de mal. A mana está a pegar no brinquedo que eu atirei ao chão. Parece que afinal não era para ir para o chão. Hum... mas então não devia ter mexido nele? Hum... Pronto, está bem. Então é para assumir que aquele brinquedo em que eu mexi, não é para ser mexido por mim mais nenhuma vez, certo? Ok, vou-me lançar na descoberta de outros objectos para atirar ao chão. Eu sou uma bebé, não adivinho as vossas regras e critérios de selecção em relação ao que pode ser atirado a chão ou não, tá?
As minhas mãos têm de praticar o atiranço, caso contrário não treinam a destreza e não melhoram a motricidade fina. É em prol do meu desenvolvimento, tá?
Ai ai, a mana não me percebe.

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