28 maio 2010

Fenómeno da Manada

No outro dia a mamã observou um comportamento muito curioso que desencadeou nela altas gargalhadas interiores (se exteriorizasse ainda levava um tabefe ou passava por louca...):

Na estação de metro estava disperso um número considerável de pessoas (cerca de 20), desconhecidas entre si, que aguardavam pacientemente a chegada do "seu metro". À medida que o dito entrava na gare e abrandava a sua marcha, as pessoas começaram lentamente a aproximar-se da linha amarela pintada no chão, preparando-se para entrar na carruagem. Até aqui nada de mais, tudo normal, certo...?

Ora bem, quem já viu uma carruagem do metro, seja ela grande ou pequena, sabe que esta tem de certeza mais do que uma porta de entrada (e de saída...) para o embarque, certo? Certo. Mas se calhar estas pessoas em particular não sabiam disso... porque espontaneamente se aglomeraram todas junto da mesma porta, para entrarem, causando o efeito visual funil, enquanto as restantes portas permaneciam também abertas, mas sozinhas e abandonadas. Ninquém quis nada com elas. As pessoas demoraram mais tempo a entrar na carruagem, ficaram tipo sardinha em lata por uns segundos (note-se que a carruagem estava semi-vazia no seu interior), mas entraram todos juntos!
Sem se conhecerem.
Sem terem qualquer ligação emocional, fisica, religiosa, etc., entre si.
Apenas uma corda única invisivel amarrada a cada um, que os impediu de se separarem... como as manadas; mas as manadas de animais irracionais são-no por motivos obvios, entre os quais a sua sobrevivência (número traz a força).

O humano, tão ocupado nos dias de hoje a ser individualista e a manifestar, da forma mais deliciosamente inocente, o instinto mais básico de todos: a necessidade de pertença ao grupo, para a sua segurança, auto-estima, etc....

Curioso, não é...?

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